Em uma tarde quente de verão, nada melhor que sorvetes ou gelatos italianos e milkshake. A vontade de se deliciar com uma sobremesa gelada está presente em todo o mundo. Exatamente por isso, há dezenas de receitas e versões diferentes por todo o mundo.
O sorvete é uma sobremesa milenar e, entre as histórias de origem do sorvete estão relatos de persas, chineses e romanos. Muitas têm um mesmo ponto em comum: a mistura de gelo com frutas, especiarias e outros sabores.
Confira abaixo versões diferentes do sorvete pelo mundo.
Com uma base de leite condensado, o Kulfi indiano é pouco parecido com um sorvete. A semelhança é a refrescância e a variedade de sabores, que pode incluir manga, pistache e até temperos mais exóticos, como açafrão – o caro tempero amarelo que é colhido de uma flor – e cardamomo. Além da Índia, o doce é popular no Sri Lanka, Paquistão, Bangladesh, Nepal e Mianmar. O sorvete já é pré-moldado em um copo ou cone e é bastante doce.
I Tim Pad é a versão original e tradicional dos sorvetes feitos em pedra congelada. Uma típica comida de rua na Tailândia, essa sobremesa também requer uma preparação para ser servida, o que acaba virando um show para quem passa pelo lugar. O vendedor despeja uma base para sorvete em uma tábua de metal congelada e pode acrescentar frutas e xaropes. A base é distribuída por toda a superfície da tábua para congelar e, depois, é enrolada em pequenos tubos.
A Malásia não é o primeiro país que vem à mente quando se pensa em sorvetes, mas a nação do sudeste asiático tem uma versão interessante da sobremesa. Ais Kacang, que significa feijão de gelo, é um prato formado por gelo raspado com frutas, amendoins e ingredientes mais diferentes como milho doce ou feijões vermelhos. A iguaria também é conhecida em Cingapura e pode ter xaropes doces e até chocolate.
Essa sobremesa intrigante é uma pequena bolinha gelada, feita com uma massa de arroz e recheada com sabores diversos – chá verde, por exemplo, é uma versão comum. Também conhecido como moti no Brasil, o doce é consumido o ano todo, mas principalmente durante o ano novo e em ocasiões especiais como nascimentos e casamentos.
Para formar a massa, o arroz precisa ser deixado de molho, cozido e sovado em um pilão. Tradicionalmente, duas pessoas trabalham juntas, nesse processo; enquanto uma vira a massa, outra a martela.
Para se refrescar em Israel, uma das sobremesas preferidas dos locais é o sorvete de Halva, feito de grãos de gergelim amassados até formar uma pasta, e adoçado com mel.
Um sorvete que não derrete. Com essa premissa, o dondurma pode ser moldado, dobrado e esticado pelos vendedores de rua na Turquia, país com um pé na Ásia e outro na Europa. Muitas vezes, essa habilidade se torna um pequeno show. O doce dondurma é firme e mastigável, uma textura pouco comum em um sorvete. A massa é feita de leite de cabra, açúcar e salap, uma farinha que vem da polpa de uma orquídea roxa e que dá elasticidade. Também pode ter uma resina extraída da árvore aroeira. O vendedor usa roupas tradicionais turcas ao repuxar e moldar a sobremesa.
Essa lista não estaria completa sem o clássico gelato italiano. O gelato é caracterizado por sempre ter matérias primas frescas e com gordura animal, normalmente do leite de vaca, essa versão de sorvete é mais saborosa e densa. Para experimentar um autêntico gelato italiano, não é necessário viajar até a Itália. Uma passadinha em uma das duas unidades da Milk & Mellow é o suficiente para tomar um delicioso gelato ou milkshake.
Depois que o gelato chegou à França, no século 17, o país criou sua própria versão que até hoje leva creme e ovos. Na corte dos Médici, houve um concurso para eleger novos pratos criativos e deliciosos. O vencedor foi Ruggeri, vendedor de aves e cozinheiro que criou um “sorbetto”, uma sobremesa de água, açúcar e especiarias. Diz a lenda que quando Catarina de Médici foi se casar com o rei francês Henrique em 1547 e se tornou rainha consorte, levou a receita de Ruggeri para a França.
Mais denso que um gelato, o doce ainda é consumido hoje, mesmo séculos depois. Com adições como frutas, nozes e chocolate, há diversos sabores, mas a receita mais icônica é de caramelo salgado.
Com um nome que vem da junção das palavras espaguete (spagghetti) e gelo (eis), esse doce alemão chama a atenção pelo formato comprido. Os fios são obtidos ao passar sorvete, normalmente de baunilha, por um espremedor de batatas. A sobremesa pode acompanhar calda de morango e raspas de chocolate branco, para imitar o molho à bolonhesa e queijo parmesão ralado.
O doce de iogurte que se tornou uma febre no Brasil há alguns anos nasceu nos Estados Unidos na década de 1970. Já na década seguinte havia centenas de redes de frozen yogurt – ou na versão abreviada froyo – por todo o país. Visto como uma alternativa mais saudável ao sorvete pela menor quantidade de açúcar, pode receber diversos complementos, como frutas, chocolates ou caldas. Além disso, diferente do sorvete, essa sobremesa contém culturas de bactérias responsáveis pela criação do iogurte.
A versão mexicana da raspadinha é uma autêntica comida de rua no país. Feito com adição de frutas frescas ou sucos naturais, o raspado é servido em copos e pode vir acompanhado de “eskimo”, uma espécie de milkshake com leite condensado.
O país vizinho tem sua própria versão de sorvete de massa. Servido em um cone, a sobremesa tem um sabor mais rico e cremoso. O sabor dulce de leche, tão presente em outras sobremesas como churros, também é um dos favoritos para os helados.
Apesar do nome, as paletas mexicanas como as conhecemos são bastante brasileiras. No país de Frida Kahlo, os picolés normalmente não levam recheio, são feitos à base de água ou leite e são vendidos em carrinhos nas ruas. A versão gourmet e recheada do picolé surgiu por aqui e tem sabores como brigadeiro e leite condensado.
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