A COP 30 será realizada em 2025, na cidade de Belém, no Pará, e já é considerada um marco histórico para o Brasil. Mas, para entender como esse evento nasceu, é importante voltar no tempo e compreender o que significa a COP e por que a edição de número 30 é tão especial.
A sigla COP vem de Conference of the Parties, em português, Conferência das Partes. Trata-se de um encontro anual promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), no qual líderes de diferentes países se reúnem para debater o futuro do planeta frente às mudanças climáticas. A primeira conferência aconteceu em 1995, em Berlim, e desde então se tornou o principal espaço global de negociação sobre meio ambiente e clima.
Na prática, a COP reúne representantes de governos, empresas, organizações sociais e cientistas com o objetivo de discutir ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e criar políticas para preservar os ecossistemas. É dentro dessas conferências que surgiram acordos importantes, como o Protocolo de Kyoto (1997) e o Acordo de Paris (2015).
A COP 30 nasceu a partir de uma decisão tomada em 2022, durante a COP 27, realizada no Egito. Naquele encontro, o Brasil, recém-reintegrado às discussões ambientais de forma mais ativa, apresentou oficialmente a candidatura para sediar a conferência em 2025. A proposta recebeu apoio internacional, especialmente por colocar a Amazônia no centro do debate climático.
No ano seguinte, em 2023, a ONU confirmou a escolha da cidade de Belém como sede da COP 30. Foi a primeira vez que uma capital localizada no coração da floresta amazônica recebeu a responsabilidade de abrigar um evento dessa magnitude. Essa decisão é simbólica porque coloca o maior bioma tropical do mundo no foco das negociações sobre preservação ambiental e combate ao aquecimento global.
A escolha de Belém não foi apenas política, mas também estratégica. A Amazônia desempenha um papel fundamental na regulação climática global, pois abriga uma imensa biodiversidade e é responsável por grande parte da absorção de carbono do planeta. Além disso, o bioma enfrenta desafios urgentes, como o desmatamento, queimadas e pressões econômicas.
Ao trazer a COP para Belém, a ONU e o Brasil pretendem aproximar o debate climático das comunidades que vivem diariamente a realidade da floresta. Isso inclui povos indígenas, ribeirinhos e populações locais que dependem diretamente da conservação ambiental para sobreviver.
A COP 30 nasceu, portanto, de uma necessidade: dar visibilidade à Amazônia e ao papel crucial que ela exerce no combate às mudanças climáticas. O evento promete reunir mais de 30 mil pessoas entre líderes mundiais, especialistas e sociedade civil, criando um espaço de diálogo direto sobre a preservação dos recursos naturais e o desenvolvimento sustentável.
Mais do que um encontro diplomático, a COP 30 será uma oportunidade de mostrar ao mundo que não existe futuro possível sem a proteção da floresta amazônica. Ela nasceu para ser um símbolo de que as soluções globais precisam, necessariamente, passar pelo Brasil e pela Amazônia.
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