A evolução da noite paulistana – dos anos 1970 até hoje
A noite paulistana é uma criança – e em constante transformação. Diversas casas noturnas abriram e fecharam nas últimas décadas, marcando época.
Uma das primeiras casas noturnas da cidade era a Oásis, no subsolo do edifício Esther, na Praça da República. O edifício já foi lar do pintor modernista Di Cavalcanti, que frequentava festas com Tarsila do Amaral. A boate resistiu até o final dos anos 1960. Hoje, há outra casa noturna no lugar, a Executivo, especializada em after parties, ou as festas que acontecem depois das principais e que duram até depois de o dia amanhecer. Outra casa famosa pelas after parties era o Hell’s CLub. Nos anos 1990, a casa era o point da música eletrônica, com festas que começavam por volta das cinco horas da manhã.
O boom das discotecas foi entre os anos 1960 e 1980. Entre as baladas famosas da época, estão a Banana Power, no Itaim Bibi, uma das primeiras casas noturnas a fazer matinês para crianças, aos domingos. Ainda na pegada tropical, surgiu a Papagaio Disco Club. Com decoração psicodélica, arcos de neon e bicicletas penduradas, tinha até projeção de vídeos, uma novidade para a época. Mais sofisticada e com ares de restaurante e bar, a Ta Matete tinha uma pequena e disputada pista de dança, além de sofás espalhados pela casa.
Uma das mais extravagantes era a Latitude 3001, que surgiu nos anos 1980 sobre as bases de uma antiga danceteria em formato de um antigo galeão. A carioca Hippopotamus abriu uma casa em São Paulo, inspirada em clubes noturnos de Paris, Los Angeles, Nova York e Londres, e era frequentada pelos ricos e famosos. Referência na noite da cidade por três décadas, a Toco fazia pessoas de todos os cantos atravessarem a cidade para chegar à Vila Matilde, na Zona Leste.
A noite paulistana é agitada – e efêmera. Poucas casas duram muitos anos. Uma das mais antigas ainda em funcionamento é a Madame, instalada em um casarão desde os anos 1980 no Bixiga e com aposta em estilos como gótico, industrial e new wave. Ela nasceu como Madame Satã e por lá passaram shows de bandas como Titãs, Capital Inicial e Legião Urbana. A D-Edge está há 18 anos na Barra Funda e é um ícone para os amantes de música eletrônica.
Rua Augusta
Não dá para falar da vida noturna paulistana sem mencionar a famosa Rua Augusta, na região central da cidade. Criada em 1875 como Rua Maria Augusta, era uma trilha dentro de uma fazenda privada para ligar a região da Avenida Paulista a outros pontos da cidade. Pelo caminho chegaram a passar até bondes puxados por burros.
O desenvolvimento do bairro dos Jardins, com a abertura de importantes clubes como o Club Athletico Paulistano e o Esporte Clube Pinheiros, deram ainda mais importância para a via. Nas décadas seguintes, a Augusta se estabeleceu como uma rua luxuosa com lojas de grifes, principalmente de decoração.
Com o surgimento dos shoppings centers, os centros de compra na Augusta minguaram e a região se desvalorizou. A rua ganhou casas de festas, prostíbulos, galerias comerciais e discotecas, mas continuava a atrair jovens em busca de novidades – em 1973 a via chegou a ser acarpetada para o Natal.
Cidade Jardim
Reduto da elite festeira paulistana, a região da Avenida Faria Lima e Cidade Jardim estava bombando entre os anos 1970 e 1990. A rua Franz Schubert, uma travessa da Av. Cidade Jardim de 200 metros de extensão, era o epicentro da badalação.
A Limelight é um exemplo, com uma icônica construção em forma de igreja, inaugurada em 1991 depois de passar dois anos sendo construída. A casa em forma de igreja já existia em Nova York, Londres, Chicago, Tóquio e custou 2 milhões de dólares.
Kremlin é outro exemplo. A enorme danceteria com teto de vidro fechou as portas em 2003 e hoje o local é ocupado por um condomínio de apartamentos. Allure e Arcadia também fizeram história na região. Logo ao lado, na Cidade Jardim, estava a Cabral, aberta em 1992 pelo hoje apresentador de televisão Luciano Huck e uma sociedade de amigos.
Hoje, baladas modernas convivem com boates mais nostálgicas. Com o fim da pandemia, cada perfil festeiro pode aproveitar a noite em alguma das diversas casas noturnas, bares e baladas.
As opções para dançar, paquerar e encontrar amigos e famosos eram muitas. Para fechar a noite, a opção mais escolhida sem dúvida era o Milk & Mellow. Ao lado do fervo, recebe celebridades e festeiros madrugada adentro desde seu nascimento.
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